terça-feira, 10 de junho de 2014



Saudades

Quem disse que não se morre de amor?
o amor, alimentado aguça inovações. Faminto adentra ao labirinto.
Esse sentimento de cinco fonemas 
se torna gigantesco quando reciproco. 
conotativo quando não respondido, envenena corpos.
Trás os males da alma o cálice da perdição,
exala odor contra o opressor.
é sentido a distancia mesmo aos dois polos.
Juntos se atritam lapidando o instinto.
Porque não morrer?
quando distorcido? mata, coroe, consome e destrói.
Respondido, queima, exala perfumes, acelera os batimentos.
Perdido, doe, adentra a navalha como foice coberta deixando nos por baixo, pior que capacho.
Cresce e morre a cada segundo.
Morre no abandono, na distancia, no isolamento;
Cresce, nas lembranças, no retrato, no cheiro da toalha que secou o nú.
Cresce na solidão, nas tristezas, no desejo.
O amor é um sentimento egoísta.
Deseja, sonha e nunca é discreto.
Paralisa o corpo, desperta instintos.
não busca metade, completo pincela felicidade.
ignorado suplica pecados.
Se morre de amor?
Não.
Esse sentimento morre em você.

Eliana Pereira de Almeida.