sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Meus inscritos de abril..

Meus inscritos de abril A cada dia me envolvo mais. Hoje depois de tantas expectativas em sua chegada, percebo que minhas cadelas anunciam algo ao portão. Já meu coração dispara, meus olhos circulam entre o controle e o portão. Eu vejo um automóvel ( este não interessa, o que eu desejo é o que está em seu interior). Este adentra ao quintal vagarosamente. Meus olhos miram o conteúdo. Nossa meu coração acelerado, meu corpo tremulo, a procura de um ser. Nossa meus olhos o contemplam, como esperei por esse momento. Não suporto a demora percorrida entre o quintal e a garagem parece ter o espaço quilométrico. Neste momento não controlo meus impulsos. Corro ao encontro do veículo, e sinto um calor que envolve me de forma vertical. Minhas pernas tremem meus olhos dançam, meu corpo se agita como que exige algo para se conter ou mesmo para acalma lo. De repente o vidro abaixa aos poucos, e vai surgindo em mira um cavaleiro errante com semblante simples, ( para mim um nobre), que se volta em minha direção. Meu corpo fica estático sem movimento. Perco todo o sentido. Será isso desejo? Saúde? Amor? Não sei. Só me sinto como uma menininha que espera seu príncipe. Eu o vejo. As pernas desobedecem ao comando e vão mais rápido do que podem ao seu encontro. De repente a porta se abre! Meus olhos testemunham uma imagem única. Para se mais clara nem sei explicar essa química. Só sei que esta, me envolve transformando-me em outra pessoa, (eu mesma me desconheço quando estou ao seu lado). Uma loba em busca de sua caça. È assim que me sinto. Mais falo de uma caça inversa a natureza humana em que o instinto animal sobressai. Refiro-me a desejo, sentimento, emoção, amor. Eu o vejo sentando se preparando para sair do veículo, como um gatinho mimoso. Como meus olhos despertam ao vê lo. Não consigo me exitar. Mesmo antes que ele saia, eu o interrompo em sua saída com um longo e delicioso beijo. Beijo de saudade, alegria, tristeza em saber que as horas serão contadas. Os dias demorados. A semana longa e a quinzena chorosa, ( sofro sua ausência e a saudade, mesmo antes de sua saída do veículo). Sei que parece demasia, mais para mim é saudade..amor. Ao interrompe lo com meu beijo ele corresponde com toda cumplicidade. Nossa não entendo como acontece isso. Só sei que é mágico. Ele consegue corresponder em tudo, meus toques, pois viajo acordada e estática. Tudo em minha mente é mágico concreto e rápido. Quando eu o retiro do veículo sinto-me pequena diante dele. Sou envolvida pelos seus braços e acontece a química do amor. Essa inexplicável. Única mais como um imã. Aos poucos sem perceber adentramos. O percurso se torna longo da garagem até a porta de entrada de nossos sonhos. È, pois, para mim tudo o que acontece durante nosso dia é como um sonho real. Eu transformo-me em uma adolescente apaixonada guiada por um sentimento desconhecido. Sim, pois, tudo é novo. (até a entrada de casa). Nossa fantasia se torna realidade quando eu sou envolvida pelos seus tenros e macios braços. Estes são como suportes, envolventes que estão sempre a frente como destaque direcionando-me ás labaredas. Estas supridas de um combustível o amor, queimam como chama viva. A paixão. A cada beijo um momento, um mistério, pois, a cada um tudo se faz novo. Perco a contagem dos beijos. Esqueço e desejo mais um, a cada instante. Nesse momento esqueço quem sou, e onde estou. Não me interessa. Esqueço tudo, só o enxergo, como um ser ébrio, que me sacia. Durante todo o tempo desejo informações sobre tudo que o interessa. Como estás, como foi sua semana. Tudo. Menos as horas. Essa para mim é como inimiga mortal. Se pudesse a cancelaria por quinze dias, tempo quem sabe suficiente para acalentar minha saudade e meus desejos. Esqueço de tudo que gira em nossa volta. Tudo é sagrado. Nossos corpos funcionam como metais atraídos pelos pólos. Um não dispersa o outro. Tornam lineares. Um depende do outro. Durante todo esse tempo retomo meus sentidos e obrigo-me a racionalidade. Não me contenho. Retomo ao passado. Ele bonado de experiências, sabe como me conduzir. Eu somente permito me ser conduzida. Não sei onde e nem me importo a que. Só tenho uma certeza. Quero estar com ele. Ele sabe como levar me. Ele sabe. Nosso dia se inicia, não me recordo as horas. Só sei que é dia. O mais nobre dos sentimentos se faz volátil, entorpecendo todo o ambiente. Inicia se uma conversa que não faz parte do repertorio. Desejo tomar o lugar de uma senhora. Não é meu desejo. Não funciona. De inicio tento apresentar-me como Eliana, mãe avó tia. Não me incorporo estes personagens. Continuo a mesma. Romântica a moda antiga. Como sinto me diferente. Acho que é paixão. Só com um único desejo. Amar ser amada. Não me recordo de outra coisa neste momento. Esqueço o tempo. Quem fui. Só me recordo quem sou agora. Mulher. Fêmea. Apaixonada por um grande homem. As palavras querem se fazer presente em nosso meio. Tudo é mágico. Entre cada palavra uma carícia. Essas não ganham proporção entre os olhares se igualam. A cada momento convenço me que estou predestinada a ele. Sua magia envolve me como um casulo. Não tenho ação. Deixo me ser conduzida ás suas carícias. As horas não morrem. Permanecem vivas e com toda saúde. Eu que morro aos poucos diante delas. Como um gladiador ele utiliza de recursos próprios condenando-me a embriagues do desejo, e de forma delicada e própria acontece...... Mais uma vez. Componho-me e ainda assim não consigo assumir o papel que relatara. Senhora. Continuo amante. Ele tomando a frente como um nobre cavalheiro, poe em destaque o sentido do amor. Eu somente quero ser coadjuvante naquela situação. Meus olhos e corpo seguem sem domínio. As vezes tento não recair. O domínio se ausenta. Meu olhar trai me, minhas mãos fogem meu controle. Cegas e famintas se arrastam, buscam seu corpo com tanta gentileza como se as mesmas tocassem em peras macias e maduras. A química se faz presente mais uma vez. Sou envolvida em seus braços e mais uma vez acontece... Não posso calcular o tempo. As horas não morrem. A fome se alarma. O desejo aflora, mais as horas continuam vivas. Eu as envenenaria se pudesse. Não tenho tais poderes. Minha mente entende o recado gástrico. Ainda assim com aroma condimentado, o amor exala. Meu amado é cúmplice e dono de mim todo o tempo. O mesmo se faz presente, enamorando me com seus olhares de pidão. A cada ação um toque. Não me dou conta de meus afazeres, esqueço das tarefas. De forma generosa ele retoma o meu lugar. Faz o papel, de apaziguador. De repente sou surpreendida mais uma vez. O amor acontece. Aquela senhora presente retorna a adolescência, e se faz amada. Acontece... Os minutos se agitam para o meu desespero. A mulher retoma seus afazeres. Seu corpo não quer outro membro que não seja seus macios e acolhedores braços. Desejo. Este, transbordava pelos cômodos do humilde casebre diante de tanto amor. outrora quando sonhava gritava com um par sonhador ( seus sonhos foram sufocados através das lembranças engessadas em compromissos e regras por três décadas), onde tentara buscar uma cara metade paralela, que a levasse para uma única direção. O romantismo. Essa fêmea tentara viver outrora essa química. Seus encantos fora anulados pela branquinha da cana de açúcar. A mesa colocada. O silencio. A fonética o quebrou o gelo. _ Amor acho que me enganei com o tamanho do prato. Após a quebra do silencio, este, aromatizado pelo carinho. Aconteceu o quebra gelo. _Amor eu amo você. Frase que repete centenas de vezes. Um beijo... outro beijo... mais um beijo... não posso enumerá los. São poucos, desejo mais. _Amor parece que você não está gostando. _Amor tudo que você faz é gostoso. Ouvi como um beijo. Não como elogio. _Amor você quer um suco? _Agora não. Sua voz saia como uma melodia para meus tímpanos.. Este captada tudo e algo mais. Retirou á mesa. Nos direcionamos ao cômodo anterior. De forma organizada recolheu tudo que estava sobre a mesa. Seguiu ao cômodo principal para uma dona de casa. Meu amor, com toda elegância e simplicidade foi a cuba e ao detergente. Tudo se fez novo. A organização entrou em cena mais uma vez. A sala estava a nossa espera. Outro cômodo idem. Meu amado valoriza uma tela e uma bola em mãos de um goleiro. Eu não o privo. O deixo a vontade., desde que eu esteja em seus braços. O tempo é cruel. O relógio o denuncia as claras. Minha mente grita por socorro. _Amor fica até ás cinco horas! O silencio grita no ambiente. Sei que um advérbio de negação está presente. Eu dou sempre o primeiro passo. Sou atrevida e direta. Exijo ainda mais seus beijos. E o amor fala mais alto... sou envolvida pelo desejo mais outra vez. Nossos corpos clamam pelos aposentos, pedem descanso. Será. Ele mais outra vez conduz me. Eu nada sei. Somente deixo me ser guiada. Guiada ao amor. Eu o convido para andarmos na grama de mãos dadas. Não tenho êxito. Nada mais importa do que seus membros acolhedores. Vêm minha recompensa, mais beijos... Logo entre quatro paredes, ao som de uma linda melodia que guardam nossas lembranças e desprezados por outras companhias, me entrego toda. Experiente e lentamente surge a Eva. Não tenho mais domínio de meu físico. Eu o entrego de corpo e alma. Acontece....o cansaço se faz presente. A melodia envolve meu momento. O sono urge traiçoeiro. Os minutos zeram meus momentos a mais.... Minha mente e roubada pelo ronco. Sim pelo ronco... Meu amado com seu corpo e membros me envolve toda como uma múmia. Meu corpo agradece. E descansa. Desperto do transe e o vejo, diante de seu semblante me torno minúscula como uma sementinha pronta para receber terra fértil. A canção continua a embalar-me. Meu cúmplice se levanta lentamente como se quisesse resguardar minha tranqüilidade. Não o resisto. Vou de encontro e ele. O mesmo com dois membros direcionados a minha pessoa convida-me a dançar. Neste momento meus impulsos aceleram como um motor de um automóvel com pouco uso. Levanto me e vou ao seu encontro. Meu amante, segura me firme e ao mesmo tempo com toda delicadeza, destacando imponência. Não consegui dançar. Errei. Emoção. Nunca fora convidada a uma dança antes. Sonhava eternidade com esse momento. Aconteceu e não consegui. Como ele foi nobre, conduzindo-me ainda assim. Me condeno por não ter concluído a dança. Se soubesse teria ensaiado........ Os minutos correm. Tento nega los. Esses mutilam meus momentos, fazendo se presente, ainda sem ser bem vidas. O silencio toma todo ambiente. Sinto que meus olhos só interessam a um ser. Ele. De repente meu físico quer revanche. Mais uma vez vou a busca de mais beijos. Ele responde com toda sua magia. Perco-me em quantidade, esqueço os minutos. As horas estão se findando. Desejaria que o sábado tivesse iniciando neste momento. Minha mente antecipa um substantivo que necessita de um ser para se fazer presente. A tristeza. Sei que esta se fará presente por longos dias e companheira de enumeras noites. Mais uma vez me recomponho. Preciso mostrar-me forte. A mulher que durante dias, décadas representou seu papel de fortaleza em pessoa, sendo mãe, tia avó e dona de casa e funcionária. A sociedade cobra a racionalidade feminina enquanto eu, somente desejaria ser eu mesma a todos os momentos. Sua Negona. Amada. Desejada sedenta, cúmplice de seus momentos. Não se importaria o tempo que fosse. Minutos eu o desejaria a meu lado. Para regrar e alimentar “nossos” desejos. Ainda que todos os dias pela manhã meus relógio fisiológico clama sua presença. Essa lhe e negada. O tempo é único, e meu desejo pluraliza, a saudades e de certa forma receptiva nos cobra, e se acalma quando meus ouvidos são contemplados com sons que penetram minha mente como rimas e sonetos. Sua voz. Embora nunca tenha me desculpado por adentrar suas particularidades. Seus honorários. Meu coração dispara minha mente falha, quando o vejo tirar suas sandálias. Sei que nossos momentos estão para findar se. O sol quer despedir se de mim, esse tortura me todos os dias semanais em sua partida. Acho que temos algo em comum. A solidão. Meu amado nem olha para os lados. Deseja pegar a estrada. Não percebe minha tristeza somente quer ir se. Eu escuto seu coração e o ouço como os vôo das borboletas. Quase que imperceptível. Eu o sinto como se estivesse em mim. O meu, clama por socorro pela ausência de seu Severo. Tento atrasar sua saída com estratégia justificada pelo amor. Sem êxito. O ar é reduzido em meu diafragma. Meus batimentos cardíacos gritam ainda mais. Tudo que meu físico implora lhe é negado. As palavras se escondem. O silencio se faz presente. Minhas forças findam. Minhas lagrimas querem vi a tona. Sei que é chegada a hora do adeus. Minha garganta se fecha, meus ouvidos sabem que lhe será negado o som de sua voz por algum tempo. Não tenho saída a não ser deixar que as lagrimas brotem como suculentas. O percurso que antes parecia quilométrico, agora tornou se milimétricos. Meu desejo se vai com seus beijos.... esses para mim são como combustível. Um beijo... outro.. e mais um. Declaro meu amor, mais de nada adianta. Mesmo assim o declaro. A chave na ignição da o alarme. Mais um beijo. Roubo outro. O motor desperta. E eu desfaleço. O controle é acionado, o portão se abre e eu me fecho. O portão se fecha e eu me abro as tristeza, essa será minha aliada por mais uma quinzena. A amante em choro com seu coração em dor, desfalecida e desacompanhada incorpora o papel de dona de casa, mãe, avó, tia e educadora. Meu coração se isola diante de sua ausência. Dando espaço somente ao desejo..... Assim termina meu sonho de um dia de sábado amor...no desejo de que o tempo passe como relâmpago durante esses quinze dias para que eu venha sonhar acordada mais uma vez..... Sua Eliana....

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